Mad Max: areia, gasolina e Guitarra Lança-Chamas!
- ~Nerd Pimposo
- 22 de jun. de 2015
- 5 min de leitura

"Meu nome é Max, meu mundo é fogo, e sangue...". Saudações galera do bem! Nunca fiquei tão feliz e satifeito por sair em um filme desse, algo parecido foi quando eu vi o último filme dos X-men... A frase citada demonstra o tom do filme durante toda a sua projeção, pense nos trailes... ta, agora imagina isso em 2 FRENÉTICAS HORAS! Me desculpem mais puta merda! Confesso que assisti faz algum tempo mas filme bom assim a gente nunca esquece, tenho tudo de cabeça pra dizer a verdade. Vou te dar um visu de qual é o trampo dessa obra; o filme faz parte de uma trilogia (agora saga né) que começo lá no final da década de 70, sendo que os dois primeiros filmes eram independentes e o terceiro teve uma graninha a mais com uma produção maior. A franquia foi responsável por lançar o ator Mel Gibson internacionalmente e o diretor, a mente criativa George Miller também. Olha galera eu assisti a todos os filmes e devo confessar, o segundo filme pra mim ERA o melhor, filme de ação de todos os tempos, mas como saiu o último me senti obrigado a mudar isso. A saga transformou o genêro Distopia nos cinemas, mudou a forma de se fazer filmes pós-apocalípticos, sendo fonte pra vários outros diretores futuramente mamarem nas tetas.

Um policial chamado Max Rockatansky tenta proteger sua família num mundo caótico, evidentemente eles morreram, deixando Max solitário, e com visíveis problemas psicológicos, isso é canonico em toda a série, sendo que no primeiro filme é mostrado que após a morte dos familiares, Max vai atrás da gangue que os matou. Isso foi levado até aqui com algumas diferenças é claro, e em uma espécie de micro-flashback. Bom galera agora vamos pro enredo do novo filme em sí; Sabe aquele tipo de missão levar do ponto X até o ponto Y? É bem por ai, mas calma, as coisas não são superficiais se é o que você pensa. Na cena inicial mostra Max sendo caçado pelos capagangas do vilão Immortal Joe "hugh keays-byrne" (o mesmo ator do primeiro filme voltou, legal né?) ele é capturado e torturado, não é morto por que nesse universo não existe hospital, então ele serve como bolsa de sangue pra um guerreiro chamado Nux "Nicholas Hoult", paralelo a isso temos a FODEROSA Imperatriz Furiosa de Charlize Theron, ela tem a missão de levar algo pra um determinado lugar, é isso que vocês precisam saber, muita treta; muito atrito vai acontecer... E pois bem, temos a nossa trama!
Tom Hardy ator britânico já conhecido pela galera no papel de Bane do último filme do Batman, e um outro de MMA que a ainda não vi, O GUERREIRO, é o nosso Max. É inevitavel a comparação, mas deve ser feita, Mel Gibson dava um "que" a mais de sociopata loucão, a própria cara dele já contribuia com isso, mas poxa, o MAD do título, não é a toa... O trabalho do Britânico aqui é de primeira galerinha, eu já esperava que Max seria o personagem mais complexo do filme, até porque quase mal fala, e só conseguimos ver a sua personalidade através das ações dele. Ele é paranóico, possúi algumas espécies de "Tchique nervoso", por conta do que houve no passado, com os pesadelos em flashback que aterrorizam a sua mente. É algo que realmente não teve uma profundidade muito grande nos filmes anteriores, e acho que por tudo que eu disse vocês devem saber qual é meu Max favorito certo?

Definitivamente Max não é o único protagonista, divide muito espaço com a FODEROSA Imperatriz Furiosa, sim rimou até! Ao invés de se focar em uma vingança o filme consegue abordar o tema redenção através dessa personagem, o que é fantástico; to cansado de vingança nessa porra! Ela possui um conflito interno muito grande que é ligado ao passado dela, é spoiler não dá pra falar muito sobre, a propósito muita gente falou que esse filme é feminista, Sim de fato é! Reparem que nunca você vê uma mulher muito dependente de um homem, no longa. Não é por nada mas olhem, mesmo sem um braço; de cabelo raspado e gracha no rosto, da um baile em muita personagem feminina por ai, porradeira, sabe atirar, entende de carros... Quer mais?

outro muito bem na fita é o Nux, um zé ruela a princípio, mas eu gostei da profundidade dada ao personagem mais lá pra frente, um mero capanga que tem a bunda chutada toda hora, mas que passa a rever seus ideais e de fato gostei do maluco. É estranho hoje em dia você vê desenvolvimento de personagens em filmes de ação, e por "increça que parivel", todo mundo aqui ta muito bem aproveitado! Todos aqui tem sua história pra contar, e cada um tem o momento certo pra brilhar. "What a day!!! What a lovely day!!!!!!"

O Immortal Joe é um vilão de presença, possui um ar bastante aterrorizante e imponente, ele seria como um "deus" na sua região. Alias o filme deixa bem explicíto a questão da "religiosidade", que certamente é um dos grandes diferenciais do filme, o ser-humano precisa ser apegar a algo ou alguém. E muitos se aproveitam dessa fé, pra conseguir bens; status, a obra faz clara crítica a isso.

A direção do filme fica a cargo de George Miller, o criador original e esse filme é dele! Isso é claramente um "filme de diretor", e não pura e simplesmente de atores, a creatividade dada a ele aqui foi plena. Todas as cenas foram feitas a partir de efeitos práticos, ou seja, nada de computação nas capotagens e afins, ta existe, a tempesdade de areia por exemplo, mas esses efeitos nunca substituem a realidade. Ele imprega um jogo de câmeras que nunca faz você se perder do que tá acontecendo, são uns planos bem abertos, dando uma profundidade a cena, e com uma câmera PARADA, sim, um filme excepcional de ação com a câmera quietinha, algo que realmente você não vê mais hoje em dia, mas funciona!

A edição do filme é muito boa, são duas horas que nem parece ter passado tanto tempo, ou seja, o filme acaba tendo um ritmo bem bacana, lembrando que tem poucos momentos de "pausa" pro espectador relaxar, porque é uma cena de ação melhor que a outra, com direito pra um bocado de explosões (Michael Bay que o diga). Se tratando de cinematografia (ou direção de arte) é maravilhosamente bem feita, um dos filmes mais bonitos do ano (ou se prefirir dos ultimos tempos), você sente aquela areia, o calor que os personagens sentem, as vezes aparece umas ferrugens no carro; ou em engrenagens, e ai você fala: cara que nojeira! Não deixando de lado os carros do filme; um mais criativo que o outro, e o guitarrista é só o topo da pirâmide de fodidice!



A Trilha sonora é uma salada muito boa de rock; orquestra; meio eletrônizada, você fica engajado nas perseguições e evidentemente contribui pra dar um "gás" a mais no filme ( ta eu sei não tem gás nos carros, mas poxa da um desconto). Mad Max: A Estrada Fúria é um filme divertidíssimo, possui algo a dizer para seu público, não é enjoativo, se possível veja mais de uma vez, certamente, um dos melhores de todos os tempos! Bom então é isso galerinha do bem, grande abraço e até a próxima!
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