Jessica Jones: "Não banque a heroína comigo..."
- ~Nerdpimposo
- 4 de jan. de 2016
- 4 min de leitura

Estou de volta! Caraca galera muito obrigado pelo apoio que vocês vem proporcionando, é um novo
ano uma nova etapa que trará melhoras significativas aqui pro blog, é só aguardarem! Bom agora
vamos falar de uma das melhores séries de 2015, lançada pela Netflix (bem que podia rolar um
patrocinio né cara?). É uma série que abordou quase todos os assuntos em pauta nas redes sociais, tal
como abuso sexual; aborto; drogas; homossexualismo; de certa forma a série é feita para o público
feminino, tanto que boa parte do roteiro foi feito por mulheres,inclusive a Showrunner do negócio é a
Melissa Rosenberg, que particularmente fez um excelentíssimo trabalho, pois ela nessa brincadeira
ainda consegue prender a atenção do público masculino, e por outras coisas que vou falar também.
Sendo assim, se você já entendeu que se trata de uma série adulta, pode fechar o post, se você é menor
de idade ou se sente ofendido com esse tipo de conteúdo, e até o próximo. Ficou? Então pode vir comigo,
que ta SEM SPOILERS!
A série é baseada nas histórias em quadrinhos de Brian Michael Bendis; entitulada Alias, fala sobre
uma ex-heroína que acaba se aposentando dessa vida, e vai trabalhar como P.I (investigadora particular
traduzindo para o bom português), no seu próprio escritorio chamado Alias Investigations (seria algo
como codinome investigações) . A HQ foi lançada em 2001 e terminou em 2004 com 28 edições,
sendo essa que inaugurou o selo adulto da editora, o "Marvel MAX", O que mais chamava a atenção,
é a maneira como o Bendis retratava a personagem que criou e parecia que ele tava escrevendo como
se fosse uma mulher mesmo; porque a Jessica é uma mulher bem diferente daquilo que havia sido
apresentado como "padrão" de super-heroína, não se exibe, usando decotes ou algo do genêro, ela tem
personalidade forte, sendo bem durona, e ta pouco se lixando pro que os outros pensam, mas acima de
tudo; ELA FAZ O QUE BEM ENTENDER, simplesmente porque quer e pode,
exemplo; transar com o Luke Cage RS.

Agora que eu dei um resumo, vamos falar da série.. Interpretada pela Krysten Ritter, Jessica
Jones possui uma espécie de "estresse pós-traumático", e ainda virou alcoolatra após algo
terrível que ela sofreu a um ano atrás, separando-se por um longo tempo de sua amiga Patricia
"trish"Walker (Rachael Taylor). O cara que causou isso tudo a ela, é Killgrave de David Tennant.
Depois desse ocorrido, Jessica achou que o cara havia morrido, mas aparentemente após ela
receber um trabalho de um casal procurando sua filha desaparecida, ela descobriu que o cara
ainda não havia esticado as canelas, pra variar ele comete mais outra atrocidade, e agora ele
ficou obcecado por ela. Contando com a ajuda de Luke Cage (MIke Colter); do oficial de polícia Will
Simpson (Wil Traval) e do seu vizinho Malcom Ducasse (Eka Darville), ela precisa deter o
homicída.
Agora falando sério, os atores estão bem pra caralho! Não existe papel desperdiçado aqui,
falando um pouquinho de alguns personagens, temos a Krysten Ritter que ta um espetáculo
como a Jessica, apesar dela transparecer (e muito bem) aquela pose de quem não leva desaforo
pra casa, ela consegue demonstrar o quão fragilizada a personagem ficou após o trauma, sendo
que ela só fica tensa, quando se trata do vilão, depois vou falar mais da parte técnica, e dizer
como outras coisas compoem não só a personagem, mas a série como um todo...

Nas comics killgrave se chama Zebediah, alteraram para o nome de Kevin, e ele não é púrpura
como nas hqs, somente suas roupas e detalhes de veia saltando ressaltam essa parte.
Existem sutilezas, três jeitos que só o ator consegue fazer, pra dar aquele ar de "como odeio esse
filho daputa!"; há uma cena por exemplo em que ele pede pra um cara pegar uma caneca de café
e jogar no rosto, mas o ator faz de tal modo que soa tão natural e que eu tive que ficar
impressionado!
Um dos melhores vilões da marvel, junto com Rei do Crime e Loki.


provavelmente as únicas coisas que a galera deve xiar, é o fato de determinado personagem, ou
trama secundária ter ficado "mal resolvido", exemplo a advogada Jeri Hogarth (Carrie-Anne
Moss) que foi mudada de gênero na série, e é lésbica, ficando envolvida em um triângulo sexual
com a esposa; e a secretária, apesar de ter um desfecho dramático, essa porra não agregou em
nada para a trama. Teve uma personagem também que simplesmente tem um dialogo com uma
galera e fala, a lá 6°ano do colégio: "TEMOS QUE ACABAR COM A JESSICA!!!", ai ai...
O oficial Will Simpson apareceu como o personagem Nuke. na historia A Queda de Murdock do
Demolidor, guardaram esse cara pra usar em outra ocasião, mas sem sombra de dúvida ótimo
personagem...

Tecnicamente falando, a abertura é funcional e faz o que tem que ser feito, que é mostrar o
conteúdo a ser apresentado, mas particularmente, prefiro a abertura do Demolidor. Agora
lembra do que disse quando falei da Jessica? Então, é interessante notar como os diretores
brincaram com a cor púrpura, que ta em todo o lugar!

Demonstra a angústia da Jessica de não poder ter feito nada no passado, a aflição. Nas cenas não só da
aparição do Killgrave; que é quando ela está em um corredor ou em áreas claustrofóbicas (utiliza-se
muitos planos fechados), mas quando você vê que ela ta atravessando a rua e pá! Tem uma loja com
essa cor, um letreiro..

Como se trata de investigação, a música é primordial, e funciona muito bem, com aquele estilo de Jazz
moderno; e a fotografia também, que ta sensacional dando um ar frio pro bairro de Hell's Kitchen,
contribuindo também para compor a personagem, dando um ar de solidão,onde ela
mesma fala que prefere ficar assim,

a e relaxa que a série tem porrada RS, só que não tem aquela coreografia como em"Arrow"ou o próprio
Demolidor. Bem não vou me estender mais do que isso, fico por aqui, muito obrigado pela sua atenção e
seu tempo, se não assistiu a série, vai fazer esse dever de casa. Grande abraço e até a próxima!
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